A Amazônia dificilmente é associada a cultura e escritores
O jornal americano The New York Times destaca nesta segunda-feira a obra de escritores vindos do Amazonas que, "apesar do seu considerável talento tiveram problemas para fazer sua voz ser ouvida além da floresta".
O correspondente do jornal, Larry Rother, cita os escritores Márcio Souza e Milton Hatoum, dizendo que ambos tiveram "que deixar a cidade (Manaus) e lutam para conquistar reconhecimento".
Nicomendes Suárez-Arauz, professor de literatura latino-americana da Universidade da Flórida, ouvido pelo jornal, diz que a maioria das pessoas ainda tem uma concepção da Amazônia como "um lugar povoado por tribos, se é que é povoado".
"A imagem de terra inóspita, de uma região selvagem, persiste e é promovida, então quando você fala em cultura e escritores, a reação é de surpresa."
Suárez-Araúz diz que graças a "mundos literários" como os de Hatoum, é possível se conhecer "a realidade urbanizada" do Amazonas.
O jornal relata que, em obras premiadas como Dois Irmãos e Cinzas do Norte, Hatoum, que tem ascendência libanesa, fala sobre o papel dos imigrantes árabes no comércio da Amazônia e suas relações com outros grupos étnicos e raciais, desde índios até os descendentes dos portugueses.
O 'NYT' diz que os escritores do Amazonas, sejam eles do Brasil ou de países vizinhos, "tem que combater isolamento e insularidade para conquistar um mínimo de reconhecimento".
Outro escritor amazonense citados no artigo é Dalcídio Jurandir, considerado o primeiro grande escritor modernista da região.
As obras de Jurandir, que morreu em 1979, dificilmente são encontradas em livraria e não são muito traduzidas.
"É um grande mistério, porque ele é um escritor muito, muito bom", diz Lúcia Sá, professora da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha.
"Acho que a exclusão de Jurandir decorre do fato de ele ter sido um realista regional em uma época em que ninguém estava prestando atenção na Amazônia", diz ela.
O artigo também dá destaque ao autor peruano Santiago Rioncagliolo, autor "de um dos mais aclamados romances passados no Amazonas nos últimos anos, El príncipe de los caimanes". [Fonte: BBCBrasil]
O jornal americano The New York Times destaca nesta segunda-feira a obra de escritores vindos do Amazonas que, "apesar do seu considerável talento tiveram problemas para fazer sua voz ser ouvida além da floresta".
O correspondente do jornal, Larry Rother, cita os escritores Márcio Souza e Milton Hatoum, dizendo que ambos tiveram "que deixar a cidade (Manaus) e lutam para conquistar reconhecimento".
Nicomendes Suárez-Arauz, professor de literatura latino-americana da Universidade da Flórida, ouvido pelo jornal, diz que a maioria das pessoas ainda tem uma concepção da Amazônia como "um lugar povoado por tribos, se é que é povoado".
"A imagem de terra inóspita, de uma região selvagem, persiste e é promovida, então quando você fala em cultura e escritores, a reação é de surpresa."
Suárez-Araúz diz que graças a "mundos literários" como os de Hatoum, é possível se conhecer "a realidade urbanizada" do Amazonas.
O jornal relata que, em obras premiadas como Dois Irmãos e Cinzas do Norte, Hatoum, que tem ascendência libanesa, fala sobre o papel dos imigrantes árabes no comércio da Amazônia e suas relações com outros grupos étnicos e raciais, desde índios até os descendentes dos portugueses.
O 'NYT' diz que os escritores do Amazonas, sejam eles do Brasil ou de países vizinhos, "tem que combater isolamento e insularidade para conquistar um mínimo de reconhecimento".
Outro escritor amazonense citados no artigo é Dalcídio Jurandir, considerado o primeiro grande escritor modernista da região.
As obras de Jurandir, que morreu em 1979, dificilmente são encontradas em livraria e não são muito traduzidas.
"É um grande mistério, porque ele é um escritor muito, muito bom", diz Lúcia Sá, professora da Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha.
"Acho que a exclusão de Jurandir decorre do fato de ele ter sido um realista regional em uma época em que ninguém estava prestando atenção na Amazônia", diz ela.
O artigo também dá destaque ao autor peruano Santiago Rioncagliolo, autor "de um dos mais aclamados romances passados no Amazonas nos últimos anos, El príncipe de los caimanes". [Fonte: BBCBrasil]
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